sábado, 8 de outubro de 2011

Tão infinito como o sol


As vezes tento te encontrar,
Em retratos maltratados pelo tempo.

Em palavras trazidas pelo vento.
Em papéis que interpretaram sentimentos.

Nossas rimas viajavam nas estrelas,
E no seu olhar eu desenhava todo o céu.

São lembranças amassadas numa folha,
São momentos traduzidos num papel.

E eu te vejo na parede do meu quarto,
Esperando a hora que eu vou me deitar.

E eu adormeço interpretando seus olhares,
E nos sonhos o medo de não mais acordar.

E eu me perco me jogando nos seus braços,
Braços que nunca serão capazes de me envolver.

E eu me pego imaginando momentos,
Momentos que nunca vão acontecer.

Eu te vejo perfeitamente,
No vazio que há dentro de mim.

E repasso meu sonho em poemas,
E te encaixo no começo, no meio e no fim.

Cansei de te fazer promessas que não devia prometer,
E de acreditar em promessas suas que não deveria acreditar.

Cansei de fechar meus olhos tentando te ver,
E então perfeitamente começar a te desenhar.

Cansei de fechar os meus ouvidos para tentar te ouvir,
E em silêncio dizer o que eu queria te falar.

Cansei de abraçar retratos tentando te sentir,
E de me convencer todo dia que isso vai passar.

Pois nosso amor é tão eterno como o sol,
E nossa paixão é infinita com o mar.



By: Taty Smiderle

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