sexta-feira, 24 de abril de 2015

Quando somos oceano


Quando as luzes oscilam,
Os amigos vacilam,
E você cai em si,
Cai de si,
Deixe-me cair.

Pois sou um par de braços querendo vencer a guerra,
Eu sou uma marolinha querendo engolir a cidade.

Eu sou uma simples fumaça querendo atrair o fogo,
Eu sou um pano velho querendo o remendo novo.

Você é a carta de amor fechada
E enterrada na areia da praia.

E eu, maré alta embriagada,
Cambaleando minhas ondas prestes a te tragar.

Então Você se recita em minhas águas,
Enquanto se dissolve em amor.

Eu sou um mar de culpas
Ouvindo que Você me perdoou.

Eu sou o reggae e o oceano,
Eu sou a ONU no comando,
Descobrindo que Você é a nossa paz.

É o inconstante verbo estar
Sentando à mesa do Eu Sou.

O pecador tocou no Santo
E Ele não se incomodou.

Então erga as minhas mãos diante de quem Você é
Enquanto minh'alma se dá a quem por mim se deu.

Não porque sou digno,
Mas porque sou Teu.


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